
O amor, porém, nem tanto. Estudo diz que cérebro de apaixonado repele pessoas bonitas. Mas passada a empolgação, trair é possível
POR PÂMELA OLIVEIRA
Rio - Luiz Carlos passa os dias pensando em Deborah: nos lugares em que quer ir com ela, nas músicas que ela gosta, no que ele vai dizer quando os dois se encontrarem. Basta olhar para Luiz e ver que é um homem apaixonado e fiel. Cientistas da Universidade da Flórida (EUA) acabaram de descobrir porque é impossível Luiz trair Deborah: a paixão torna o cérebro incapaz de prestar atenção em outros rostos bonitos, inviabilizando a traição.
“A pessoa apaixonada está bioquimicamente focada no objeto de sua paixão. O apaixonado não só não olha para outra pessoa, como não percebe se tem alguém olhando para ele”, explica a psicóloga Mônica Portela, professora do Centro de Psicologia Aplicada e Formação do Rio (CPAF).
A falta de atenção ao mundo, o ar aéreo, o encantamento e a insônia provocados pela paixão têm explicação: o cérebro dos apaixonados têm altas concentrações de dopamina, que produz a sensação de felicidade, e norepinefrina, que é semelhante à adrenalina, responsável pela aceleração do coração e pela excitação.
Já os que amam não são, necessariamente, tão fiéis. “Com o fim da paixão, a pessoa percebe que o que ela imaginava não era real. E acaba olhando para o lado. Essa busca acaba a levando a encontrar alguém que pode não ser o suficiente para fazer com que ela deixe o namorado, mas que também tem características que interessam. Então, se cumpre a promessa de ‘até que a morte os separe’, mas com uma história paralela” diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da USP.
Durante a pesquisa americana, 113 mulheres e homens foram expostos a fotografias de pessoas bonitas e outras normais. Voluntários apaixonados escreveram, antes de ver as imagens, um texto sobre suas paixões. A outra metade fez uma redação sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas e os olhos dos voluntários, monitorados por um computador. Os apaixonados não fixaram os olhos nos rostos bonitos. Com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença na reação. “A paixão deixa a pessoa tão obcecada quanto uma droga. Ela fica num estado de torpor, de encantamento. Por isso não consegue ver nada à sua volta. E nem pensa em traição porque, para ela, aquela pessoa basta”, explica Carmita.
POR PÂMELA OLIVEIRA
Rio - Luiz Carlos passa os dias pensando em Deborah: nos lugares em que quer ir com ela, nas músicas que ela gosta, no que ele vai dizer quando os dois se encontrarem. Basta olhar para Luiz e ver que é um homem apaixonado e fiel. Cientistas da Universidade da Flórida (EUA) acabaram de descobrir porque é impossível Luiz trair Deborah: a paixão torna o cérebro incapaz de prestar atenção em outros rostos bonitos, inviabilizando a traição.
“A pessoa apaixonada está bioquimicamente focada no objeto de sua paixão. O apaixonado não só não olha para outra pessoa, como não percebe se tem alguém olhando para ele”, explica a psicóloga Mônica Portela, professora do Centro de Psicologia Aplicada e Formação do Rio (CPAF).
A falta de atenção ao mundo, o ar aéreo, o encantamento e a insônia provocados pela paixão têm explicação: o cérebro dos apaixonados têm altas concentrações de dopamina, que produz a sensação de felicidade, e norepinefrina, que é semelhante à adrenalina, responsável pela aceleração do coração e pela excitação.
Já os que amam não são, necessariamente, tão fiéis. “Com o fim da paixão, a pessoa percebe que o que ela imaginava não era real. E acaba olhando para o lado. Essa busca acaba a levando a encontrar alguém que pode não ser o suficiente para fazer com que ela deixe o namorado, mas que também tem características que interessam. Então, se cumpre a promessa de ‘até que a morte os separe’, mas com uma história paralela” diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da USP.
Durante a pesquisa americana, 113 mulheres e homens foram expostos a fotografias de pessoas bonitas e outras normais. Voluntários apaixonados escreveram, antes de ver as imagens, um texto sobre suas paixões. A outra metade fez uma redação sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas e os olhos dos voluntários, monitorados por um computador. Os apaixonados não fixaram os olhos nos rostos bonitos. Com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença na reação. “A paixão deixa a pessoa tão obcecada quanto uma droga. Ela fica num estado de torpor, de encantamento. Por isso não consegue ver nada à sua volta. E nem pensa em traição porque, para ela, aquela pessoa basta”, explica Carmita.
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cLiCou? CoMeNtA aÍ Vai!!