O avesso da chegada não é a partida, é a separação.
O avesso da presença não é a ausência, é a saudade.
O avesso da solidão não é a companhia, é a partilha.
O avesso do longe não é o perto, é o junto.
O avesso da luz não é a sombra, é o opaco.
O avesso do nunca não é o sempre, é o contínuo.
O avesso do provisório não é o duradouro, é o permanente.
O avesso da distância não é a proximidade, é constância.
O avesso da lágrima não é o riso, é a estiagem.
O avesso de mim não é a face no espelho, é o rosto transparente.
O avesso de mim não é a lembrança do que não fui, é a certeza do que serei...
O avesso de mim és tu, costurado nas dobras da minha alma...
Maria Alice Estrella
O Avesso Dos Ponteiros
Ana Carolina
Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa-metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Penso quando você partiu
Assim... sem olhar pra trás
Como um navio que vai ao longe
E já nem se lembra do cais
Os carros na minha frente vão indo
E eu nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde?
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer a pena
E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início
Deixa de ser início
E vai chegando ao meio
Aí começo a pensar que nada tem fim...
http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/o-avesso-dos-ponteiros.html#ixzz1J59gggah
O avesso do professor
Jô Soares

PtD:Wilm@
EsToU: do avesso...
O avesso da presença não é a ausência, é a saudade.
O avesso da solidão não é a companhia, é a partilha.
O avesso do longe não é o perto, é o junto.
O avesso da luz não é a sombra, é o opaco.
O avesso do nunca não é o sempre, é o contínuo.
O avesso do provisório não é o duradouro, é o permanente.
O avesso da distância não é a proximidade, é constância.
O avesso da lágrima não é o riso, é a estiagem.
O avesso de mim não é a face no espelho, é o rosto transparente.
O avesso de mim não é a lembrança do que não fui, é a certeza do que serei...
O avesso de mim és tu, costurado nas dobras da minha alma...
Maria Alice Estrella
Ana Carolina
Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa-metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Penso quando você partiu
Assim... sem olhar pra trás
Como um navio que vai ao longe
E já nem se lembra do cais
Os carros na minha frente vão indo
E eu nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde?
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer a pena
E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início
Deixa de ser início
E vai chegando ao meio
Aí começo a pensar que nada tem fim...
http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/o-avesso-dos-ponteiros.html#ixzz1J59gggah
Os professores que mais me marcaram foram exatamente aqueles que não foram bons professores, os mais incompetentes. Por aí pode-se ter uma medida da importância do professor, da delicadeza que é ensinar uma pessoa.
Tive um de geografia, aos 11 anos, de quem eu jamais me esquecerei. Ele dava aulas como se estivesse fazendo uma conferência em uma faculdade. Começava dizendo "Hoje nós vamos falar do Brasil" e aí falava, falava e falava do Brasil. Depois dizia "Vamos falar da idade da Terra", e blábláblá, só falava. Passava a aula de uma hora falando. Não nos dava a menor atenção.
Por pura intuição, comecei a anotar o que ele falava. Fiz praticamente um caderno de geografia, aliás, vários cadernos, com aquilo que ele falava. Ele falava, eu ia tomando nota.
Quando chegou a primeira prova -- com 11 anos você não tem muita idéia do que está acontecendo -- ninguém sabia nada. A única pessoa que tinha a matéria dada era eu. Os outros alunos perguntavam para ele "Mas professor, como é que eu estudo isso?". E ele falava "Nos livros, nos livros". Resolvi passar os meus cadernos para que os outros também pudessem estudar.
Só muitos anos depois foi que percebi que aquilo era uma maneira de dar aula muito mais adulta do que deveria ser para um menino de 11 anos.
Outro tipo de professor que me marcou muito foi aquele que guarda o conhecimento como se fosse uma ciência oculta, que tem o poder porque sabe e você não sabe. É o professor que tem o gosto de não ensinar o aluno.
Foi com esse tipo que, pela primeira vez, eu tomei consciência de que o conhecimento é poder, que a informação é poder, porque ele dominava a classe através disso. Parece um paradoxo, mas é quase como se ele dissesse "Eu não estou aqui para ensinar vocês", um recado totalmente errado, que ele nos passava inconscientemente.
Graças a Deus, a grande maioria dos professores que eu tive se dedicavam ao ensino. Professores como o de história do Colégio São Bento, quando eu tinha 8 anos, o professor Mesquita, que dava suas aulas desenhando histórias em quadrinho no quadro negro. Ele entrava no teu mundo para te ensinar. E todos nós éramos ótimos em história.
Tive um de geografia, aos 11 anos, de quem eu jamais me esquecerei. Ele dava aulas como se estivesse fazendo uma conferência em uma faculdade. Começava dizendo "Hoje nós vamos falar do Brasil" e aí falava, falava e falava do Brasil. Depois dizia "Vamos falar da idade da Terra", e blábláblá, só falava. Passava a aula de uma hora falando. Não nos dava a menor atenção.
Por pura intuição, comecei a anotar o que ele falava. Fiz praticamente um caderno de geografia, aliás, vários cadernos, com aquilo que ele falava. Ele falava, eu ia tomando nota.
Quando chegou a primeira prova -- com 11 anos você não tem muita idéia do que está acontecendo -- ninguém sabia nada. A única pessoa que tinha a matéria dada era eu. Os outros alunos perguntavam para ele "Mas professor, como é que eu estudo isso?". E ele falava "Nos livros, nos livros". Resolvi passar os meus cadernos para que os outros também pudessem estudar.
Só muitos anos depois foi que percebi que aquilo era uma maneira de dar aula muito mais adulta do que deveria ser para um menino de 11 anos.
Outro tipo de professor que me marcou muito foi aquele que guarda o conhecimento como se fosse uma ciência oculta, que tem o poder porque sabe e você não sabe. É o professor que tem o gosto de não ensinar o aluno.
Foi com esse tipo que, pela primeira vez, eu tomei consciência de que o conhecimento é poder, que a informação é poder, porque ele dominava a classe através disso. Parece um paradoxo, mas é quase como se ele dissesse "Eu não estou aqui para ensinar vocês", um recado totalmente errado, que ele nos passava inconscientemente.
Graças a Deus, a grande maioria dos professores que eu tive se dedicavam ao ensino. Professores como o de história do Colégio São Bento, quando eu tinha 8 anos, o professor Mesquita, que dava suas aulas desenhando histórias em quadrinho no quadro negro. Ele entrava no teu mundo para te ensinar. E todos nós éramos ótimos em história.

Você já viu avesso de bordado?
Tem nó, tem linha pendurada,
é uma confusão!
é uma confusão!
Não dá nem para acreditar
que aquele lado feioso faz parte
do lado direito,
todo bonito.
Pois é, o avesso da gente
é parecido com isso.
Tem coisas que às vezes
a gente não quer mostrar,
só quer esconder.
A beleza, porém, está em saber
que todo direito da gente tem avesso,
ou todo avesso tem seu direito,
assim como toda sombra tem sua luz.
Eva Furnari
Te falei sobre aquele lugar.
Mas não fui com você lá.
É que nós não estávamos prontos...
pra sobreviver ao pôr do sol.
wnr
estou vazia...
vazia...
melhor assim.
no vazio posso guardar o infinito.
wnr
*créditos para Wilma Nunes Rangel -
Após as Avaliações Post das questões interpretativas e dos conteúdos!
PtD:Wilm@
EsToU: do avesso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
cLiCou? CoMeNtA aÍ Vai!!