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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vinícius de Moraes tem a intimidade revelada em livro Obra homenageia o centenário do Poetinha com relatos de amigos e lançamento em SP


Vinícius de Moraes ganhou mais uma homenagem pelo seu centenário, comemorado em outubro de 2013. O músico e poeta brasileiro é o tema do livro 100 Vinicius 100 — A Poesia Festeja o Centenário de seu Grande Mestre.
A obra, escrita por Alex Solnik, foi atualizada e lançada pela BB Editora. O livro traz relatos de grandes nomes da cultura brasileira que conviveram com o Poetinha, como Jorginho Guinle, Toquinho, Gilda Matoso, Ferreira Gullar, Zélia Gattai, Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Sergio Cabral.
Além disso, a obra reproduz o testamento de Vinícius de Moraes feito em próprio punho e uma pintura do poeta feita por Candido Portinari em 1939.
O livro vai ganhou  lançamento oficial em São Paulo no dia 19/06, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, que fica na Av. Paulista, 2073, Conjunto Nacional.
No Rio de Janeiro, o evento de lançamento ocorreu nos dias 21 e 22/06, na Livraria Cultura – Cine Vitória.


Nascido em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro, Vinícius de Moraes foi músico, compositor, jornalista, dramaturgo, diplomata, escritor e poeta.
O “poetinha”, como foi apelidado por Tom Jobim, escreveu seus primeiros versos enquanto ainda estava na escola. Também durante o período letivo, fez parte do coral do Colégio Santo Inácio e montou pequenas peças teatrais.
Através do contato com os irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, começou sua carreira de compositor, em meados dos anos 1920. Em 1929, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, aonde conheceu o romancista Otavio Farias, que o incentivou à produção literária. Até o dia de sua morte, em oito de julho de 1980, foram registrados 18 livros e mais de 450 poesias sob a autoria de Vinícius.
Como músico, escreveu mais de 300 canções, entre composições próprias e parcerias com grandes nomes da música popular brasileira, como Tom Jobim (com quem escreveu “Garota de Ipanema”, “Eu sei que vou te amar”, “Chega de Saudade”, entre outras), Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Dorival Caymmi,Carlos Lyra, entre outros.
Além disso, trabalhou como jornalista, tornando-se crítico de cinema do jornal “A Manhã” e colaborando para a revista “Clima”, em 1941, e idealizando a revista “Filme”, lançada em 1947, em sociedade com o crítico e cineasta, Alex Vianny. Vinícius também atuou como diplomata por alguns anos. Em sua segunda tentativa, foi aprovado no concurso para o Ministério das Relações Exteriores, em 1943, mudando-se primeiramente para Los Angeles (EUA) e depois para Paris (França) e Roma (Itália).
Como dramaturgo, Vinícius escreveu as peças “As Feras”, “Cordélia e o Peregrino”, “Orfeu da Conceição” e “Procura-se uma Rosa”, inspirada em uma notícia veiculada na imprensa carioca, que abordava a história de uma mulher que se perdeu do marido em uma estação de trem e nunca mais voltou.
Mas foi para a música que Vinícius viveu os últimos tempos de sua vida, excursionando pelo mundo todo ao lado de seus companheiros e de sua garrafa preferida de whisky. Suas canções foram traduzidas para diversos idiomas e são tocadas até hoje no Brasil e em vários outros países.
Tudo que se escrever sobre Vinícius de Moraes parece pouco e defini-lo beira o impossível. Manuel Bandeira disse que ele “tem o fôlego dos românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem refugar, como estes, as sutilezas barrocas) e, finalmente, homem bem do seu tempo, a liberdade, a licença, o esplêndido cinismo dos modernos” (citado por Flávio Pinheiro, no site oficial do poeta, www.viniciusdemoraes.com.br). A perplexidade poética expressa em seu poema “Fim” permanece viva e é a de todos nós:

FIM
Será que cheguei ao fim de todos os caminhos
E só resta a possibilidade de permanecer?
Será a Verdade apenas um incentivo à caminhada
Ou será ela a própria caminhada?
Terão mentido os que surgiram da treva e gritaram – Espírito!
E gritaram – Coragem!
Rasgarei as mãos nas pedras da enorme muralha
Que fecha tudo à libertação?
Lançarei meu corpo à vala comum dos falidos
Ou cairei lutando contra o impossível que antolha-me os passos
Apenas pela glória de tombar lutando?
Será que eu cheguei ao fim de todos os caminhos…
Ao fim de todos os caminhos?

O poema abaixo é lindo de convencer!
 

Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher

Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser

Vinicius de Moraes


Soneto do Orfeu

São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.

Vinicius de Moraes

PtD: profª Wilma
EsToU: Com Vinicius...

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