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Quem sou eu

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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

PrOfeSsOrA WiLma NuNeS RaNgEl

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sábado, 7 de setembro de 2013

Busca pela DEMOCRACIA em 1968...

A MÁSCARA ERA APENAS A MAQUIAGEM...
ISSO SE CHAMA: CORAGEM!
"Uma geração de homens e mulheres valorosos dedicaram os melhores anos de sua vida para restabelecer a democracia que vivemos hoje. Escolheram os caminhos mais diversos – a atividade parlamentar (enquanto ainda não proibida), a luta armada, a greve, o exílio ou auto-exílio, o estudo, a discussão, a resistência, a solidariedade, o apoio, a mobilização nas ruas, mesmo que proibidas.
Enquanto isso, nos porões da ditadura militar, eles se valeram de sua posição de autoridade, de representantes do Estado, para prender, torturar, fazer desaparecer."
O fim da ditadura não veio como um ponto final, mas como reticências. Ao invés de um marco, temos um processo: a anistia e libertação dos presos políticos em 1979, escolha de um presidente civil pelo colégio eleitoral em 1984, a promulgação de uma Constituição democrática em 1988 e eleições diretas para presidente em 1989. No entanto, esse processo não acabou. Falta apurar os crimes cometidos pelos agentes do governo militar nos anos da ditadura. Enquanto essa tarefa não for levada a cabo, ainda haverá uma sombra sobre a democracia. Para as mulheres, passar a limpo nossa história é fundamental. As mulheres participaram da luta contra a ditadura e protagonizaram a campanha pela anistia. Continuamos lutando para ampliar nossa democracia, nossa participação política. Por isso, apoiamos a criação de uma Comissão da Verdade legítima e efetiva.
As atrizes Tônia Carreiro, Eva Vilma, Odete Lara, Norma Bengell e Ruth Escobar em passeata contra a censura. Foto do Jornal Correio da Manhã, 1968.
Moção das Mulheres em apoio a Comissão da Verdade.
A gente conta a História como quem conta histórias. Decorrência de nossa tradição oral.
Histórias de Maria, de Rose, de Nair, de Amelinha, de Clara, de Clarice, de Eleonora, de Dilma, e também de João, de Vlado, de Pedro, de Paulo, de Chico, de Márcio, de José…
Durante anos, sombras dominaram o país por um longo período. Tempos em que se restringiu a liberdade de expressão, de reunião, de informação, de ir-e-vir, de pensar e de agir, da população. Tempos em que as pessoas que te visitavam tinham que se identificar com o zelador, que passava a lista à polícia. Tempos em que não se podia votar, eleger, decidir, escolher.
Uma geração de homens e mulheres valorosos dedicaram os melhores anos de sua vida para restabelecer a democracia que vivemos hoje. Escolheram os caminhos mais diversos – a atividade parlamentar (enquanto ainda não proibida), a luta armada, a greve, o exílio ou auto-exílio, o estudo, a discussão, a resistência, a solidariedade, o apoio, a mobilização nas ruas, mesmo que proibidas.
Enquanto isso, nos porões da ditadura militar, eles se valeram de sua posição de autoridade, de representantes do Estado, para prender, torturar, fazer desaparecer.
Neste processo, as mulheres presas políticas aguentaram requintes de crueldade, sofrendo também constrangimentos, estupros, ameaças de ou torturas inomináveis nascidas de mentes perversas, torturas de seus filhos ante os seus olhos.
Foi também das mulheres a iniciativa de construir o Movimento Feminino pela Anistia, que logo foi engrossado pela sociedade e, em pouco tempo, fomos ficando tantos e tantas, que não houve outra saída senão redemocratizar o país e anistiar a todos.
Essa história, não se conta na escola. Ainda.
Muitos anos depois, ouvindo o nosso clamor, o Congresso finalmente aprova a criação de uma Comissão da Verdade, para averiguar as ignomínias não-esclarecidas. A mídia começa a se ocupar do caso.
O general Rocha Paiva, atribuindo-se o papel de porta-voz, se permite ironizar e duvidar do relato de tortura da atual presidenta Dilma, da causa de morte do Wladimir Herzog, e questionar a legitimidade da estruturação da Comissão.
Pronunciamentos de militares sobre duas de nossas ministras – Maria do Rosário e Eleonora Menicucci – bem como questionando a autoridade do Ministro da Defesa, tentam criar um fato e um constrangimento político.
Por isso nós, mulheres reunidas neste 8 de março – dia internacional da mulher – vimos a público afirmar o nosso apoio integral à Comissão da Verdade.
Que nossa história seja finalmente revelada, que a verdade seja estabelecida, que se revele o destino dos desaparecidos, que se iluminem os porões.
Que se restabeleça a memória e a história, para que nunca mais ninguém se permita tentar reinstituir os mesmos mecanismos de exceção e opressão.
Assinam:
Secretaria Municipal de Mulheres do PT
Do Blog PIPICA

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