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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

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sexta-feira, 12 de março de 2021

Entrevista com Fernando Parracho em Aula online e Live no Instagram

 LIVE E ENTREVISTA COM JORNALISTA FERNANDO PARRACHO


https://tribunapr.uol.com.br/noticias/curitiba-regiao/queda-de-helicoptero-jornalismo-e-futuro-fernando-parracho-abre-o-jogo-com-a-tribuna/



Durante oito meses ele foi a voz que dava bom dia aos paranaenses. A fala pausada e o jeito tranquilo e descontraído eram suas características como âncora do telejornal matinal Bom Dia, Paraná. Bem-quisto pelos colegas e pelo público, Luiz Fernando Severo Parracho, ou simplesmente Fernando Parracho, pegou a todos de surpresa ao anunciar sua despedida das câmeras e microfones no dia 4 de dezembro passado, depois de 30 anos de uma reconhecida carreira como repórter e apresentador de televisão. A decisão significou uma guinada em sua vida: virar pequeno produtor rural de alimentos orgânicos em uma propriedade que adquiriu em Tijucas do Sul, município da Região Metropolitana de Curitiba com cerca de 15 mil moradores. Perto dos 60 anos, o âncora de estilo sóbrio resolveu trocar os holofotes do estúdio pela luz natural e por uma rotina bem diferente da que estava acostumado até agora. Terno e gravata talvez nunca mais. Suas mãos estão sedentas por tocar a terra.


A decisão nada teve a ver com aposentadoria. Foi muito bem pensada e veio para atender a um chamamento interior que o fez retomar uma experiência vivida na juventude: estar mais próximo à natureza. “A partir de agora, vou me dedicar a um projeto pessoal sonhado e desejado por um bom tempo. Vou tentar estar mais perto da natureza, que é também o meu lugar”, postou ele nas redes sociais na véspera de sua derradeira aparição diante das câmeras. Só na Rede Paranaense de Comunicação (RPC) foram 17 anos e 10 meses. Na despedida, ganhou ao vivo uma bela homenagem dos colegas, que o levou às lágrimas no estúdio, e palmas de toda a redação.


Gaúcho de Porto Alegre, com 59 anos recém-completados, Fernando Parracho tem uma trajetória singular no jornalismo televisivo brasileiro, que o levou do Oiapoque ao Chuí – no caso dele, em sentido contrário – em andanças atrás de notícias, personagens e suas histórias. Aventuras não lhe faltam no currículo, como a de ter sobrevivido à queda de um helicóptero no Monte Roraima, em 1998, quando produzia uma reportagem para o programa Globo Ecologia, como contratado da Globo Rio de Janeiro. A aeronave espatifou-se no pico da montanha, de 2.875 metros de altura, pouco antes de pousar. Dos seis ocupantes – entre eles o ator Danton Mello – um morreu, o cinegrafista Ricardo Cardoso. Parracho fala da experiência com emoção e considera-se renascido.


Fernando Parracho se despede da RPC.| Divulgação

A veia jornalística o levou à Itália para refazer a rota dos Pracinhas brasileiros em solo europeu, em 2011, e à usina de Chernobil, na Ucrânia, em missão pela RPC. Uma de suas passagens marcantes pela reportagem, da qual se orgulha, foi a matéria de abertura da premiada série Diários Secretos, em 2010, que desnudou o milionário esquema de corrupção no Poder Legislativo paranaense, contemplada com o Prêmio Esso nacional daquele ano. “Sou Esso por tabela”, fala rindo. Prêmios, aliás, não lhe faltam. A série de matérias especiais para o Jornal Nacional, da qual participou em 2001, sobre as fronteiras do Brasil, deu à TV Globo, pela primeira vez, o Prêmio Rei de Espanha de Jornalismo.


Na RPC, passou por algumas emissoras do grupo até chegar a Curitiba, em 2008. Depois de cinco anos apresentando o telejornal da noite, foi escalado para o “Bom Dia”. Acordava à 2h da manhã para um ritual sagrado antes de seguir para a emissora, onde chegava pontualmente às 4 horas: preparar e tomar seu chimarrão. Às 6h, estava cumprimentando os paranaenses e dando as primeiras notícias do dia. “Sou muito grato por ter chegado onde cheguei. Tenho plena consciência de que saio com o time ganhando”, diz.


Segundo Parracho, desde o ano passado ele vinha sentindo uma inquietação crescente que o empurrava para uma vida rural. A pandemia e a rotina diária pesada o fizeram repensar as coisas. Estava na hora de dar o último bom dia ao público. Quando jovem, ajudou o pai a cuidar de uma chácara nos arredores de Porto Alegre, na qual produziam alimentos, leite e queijos para vender na cidade. A experiência durou dois anos e logo em seguida, já formado pela PUCRS, o jornalismo o atraiu de vez.


Casou pela primeira vez com 19 anos e aos 21 já era pai. Está no terceiro casamento, que já dura cinco anos. Os quatro filhos são das duas uniões anteriores. Antes de virar um rosto conhecido da TV, trabalhou em um pequeno jornal gaúcho, em Santana do Livramento, dirigido por seu sogro. “Ali começou minha paixão pelo jornalismo”, conta. Mas foi a experiência com a chácara tocada junto com o pai que mais o marcou, a ponto de fazê-lo demitir-se do emprego numa altura da vida e em um ano complicado como 2020, no qual pouquíssimos se arriscariam a trocar o certo pelo duvidoso. Parracho está convencido de que fez a coisa certa. Ele se diz espiritualista e crê que fechou um ciclo em sua vida para abrir outro.


Na pequena chácara de oito hectares que comprou em Tijucas do Sul, de frente para o Morro Araçatuba, ele pretende, além de produzir alimentos supersaudáveis, montar uma estrutura de ecoturismo. Nada grandioso, apenas para incentivar as pessoas a conviver mais com o meio ambiente. A propriedade ainda não tem nome, e nem luz. Pelo menos na data desta entrevista. Tudo está por fazer. “Tem uma boa quantidade de Araucárias e garanto que nenhum galho será tocado”, me diz. Ele espera estar com a mão na massa, ou melhor, na terra, em meados de 2021. E parece ser justamente isso que o anima. Nos últimos meses frequentou cursos relacionados ao negócio e matriculou-se em outro, de agricultura orgânica. Morador de Santa Felicidade, ele pretende se mudar para a chácara e virar bicho do mato de vez quando as coisas estiverem funcionando a pleno vapor por lá.


Mas a nova vida não o tirará do convívio com o jornalismo e com a escrita. Além de poemas, Parracho pretende escrever um livro sobre suas três décadas como jornalista de televisão. Histórias não lhe faltam, com certeza. E o chimarrão, daqui por diante, será ao raiar do sol sob as flamejantes Araucárias de sua pequena propriedade dando bom dia aos pássaros. Eis aí um homem se reinventando – termo gasto, mas apropriado para ele – e preparando-se para ser feliz de outro modo. Plim-plim.


REINALDO BESSA é jornalista, colunista, apresentador e diretor do portal www.reinaldobessa.com.br

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/reinaldo-bessa-vozes/fernando-parracho-despedida-rpc/ 

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ENTREVISTA


Se liga nas dicas para elaborar suas perguntas:


Como fazer perguntas em uma entrevista jornalística?

O Pensador, de Auguste Rodin. (Foto: Pixabay)

O Pensador, de Auguste Rodin. (Foto: Pixabay)

Entrevistar alguém não é simplesmente sair perguntando o que vier na cabeça. As perguntas são uma das principais ferramentas de trabalho de um repórter e devem ser bem formuladas para extrair uma boa resposta do entrevistado. Algumas técnicas ajudam a elaborar boas questões e evitar que o entrevistador seja desacreditado diante do entrevistado ou de seu público.

Tipos de perguntas

Existem perguntas que dão a possibilidade do entrevistado elaborar, pensar e dar uma resposta melhor, embasada na opinião dele ou na descrição de um fato. É o caso das perguntas abertas. Exemplo: “Qual sua opinião sobre a maioridade penal ser reduzida para 16 anos?”

Além de pedir uma análise ou opinião de um caso ao entrevistado, outra forma de fazer perguntas abertas é usar no início das questões “Quais”, “De que forma”, “Como”, “Por que”, etc.

O contrário disso são as perguntas fechadas, que podem fazer o entrevistado limitar a resposta em “sim”, “não” ou pouquíssimas palavras. Exemplo: “As investigações apontam que o copiloto tinha problemas psicológicos?”

Perguntas longas podem fazer o entrevistado se perder na tentativa de entender o que você quer com essa questão. Se preciso for, contextualize, mas sem alongar-se demais. Pense nas réplicas e tréplicas dos candidatos nos debates políticos. Elas têm perguntas mínimas, mas argumentações gigantes que mais parecem uma “palestra”. É bom evitar isso.

Perguntas abrangentes podem dar margem ao entrevistado escolher o foco da resposta e falar sobre o que mais o agrada. Exemplo: “Qual sua opinião sobre a vida?” – aqui, o entrevistado pode preferir falar da vida profissional, vida social, vida familiar ou filosofar sobre a existência do ser humano na Terra. Nesse caso só resta aceitar a declaração que vier. É preciso ser objetivo na pergunta. Quanto mais específico for, mais direto ao ponto será a resposta.

Perguntas complexas devem ser evitadas, já que o trabalho do repórter é esclarecer os assuntos e não os complicar ainda mais. Usar termos técnicos, jargões que só dizem respeito àquela profissão (como advogados, médicos ou cientistas) pode confundir quem não entende do que se fala. Pedir para o entrevistado evitar esses termos ou explicá-los em uma linguagem coloquial ajudam. Tenha para si que se você não compreende o que está sendo perguntado ou o próprio assunto, melhor entender mais sobre o tema e reformular a pergunta.

Normalmente, as perguntas devem ser precisas, objetivas, curtas e claras.

Roteiro de perguntas

Antes de começar uma entrevista é indicado planejar antes as perguntas. Faça um roteiro com as questões que serão feitas no momento em que estiver frente a frente com o entrevistado. Esse planejamento também garante a fluidez da conversa. Para isso, faça uma boa pesquisa do assunto a ser tratado e, se for necessário, também do entrevistado. Muitas vezes saber quem realmente é o dono das respostas pode ajudar na elaboração de perguntas estratégicas.

Evite desperdiçar perguntas com indagações básicas. Ao invés de perguntar quantos títulos ou medalhas um atleta tem, busque essa resposta na sua pesquisa e faça uma indagação melhor. Isso evita que o entrevistado pense que você veio para a entrevista despreparado ou mal sabe quem é ele. O indicado é fazer perguntas que estimulem a opinião, análise ou descrição do entrevistado.

Outra dica é começar o roteiro por perguntas referentes ao foco do tema. Se for entrevistar um político sobre a inauguração de um viaduto, por exemplo, prefira fazer primeiro perguntas da obra em si, depois passe pra outras perguntas pertinentes a outros assuntos de interesse público e por último a questões mais “pesadas” ou delicadas. Como em um jogo de xadrez, uma indagação pode deixar o entrevistado em xeque-mate e se ele se sentir contra a parede pode até encerrar a entrevista. Para que o repórter não fique sem nenhuma resposta, deixe aquela pergunta “provocativa” para o final.

O roteiro de perguntas formulado antes não precisa ser obrigatoriamente seguido. Se momentos antes da entrevista se descobre algo ainda mais interessante do que foi planejado é recomendado formular perguntas na hora. Isso acontece muito com base nas respostas do entrevistado. Se ele disse algo que estimule uma pergunta esclarecedora ou reveladora, a próxima questão do roteiro pode esperar ou até mesmo “cair”.

Perguntar não ofende

As perguntas podem vir carregadas de segundas intenções. Questões tendenciosas podem constranger, irritar e até mesmo criar um clima desagradável entre quem pergunta e quem responde. Se o objetivo nunca foi ser “amigo” do entrevistado, siga em frente sabendo dos riscos em ganhar um novo “inimigo”. Invadir a privacidade com perguntas maldosas pode resultar até mesmo em processos de difamação.

Já levar a público um assunto de interesse social, como a descoberta do envolvimento do entrevistado em um esquema de desvio de verbas públicas chega a ser um direito da sociedade à essa informação. Mas, antes de perguntar sobre assuntos assim certifique-se de que há provas legítimas e que elas estejam em seu poder.

Por Thiago Moraes

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