Quando a alma é leve ...
A Insustentável leveza do ser é umas das obras mais filosóficas da literatura mundial e sem a menor sombra de dúvida um clássico. A discussão proposta por Kundera nos deixa sem reação em um primeiro momento, pois essa ambivalência entre a leveza e o peso, talvez, seja a maior incógnita da nossa vida.
Na contemporaneidade, a leveza, ou seja, a ideia de ser livre ganhou destaque. Estar na moda é ser livre, é viver de forma desprendida em relação ao que nos circunda. A liberdade passou a ser vangloriada como uma grande virtude, a virtude daqueles que sabem voar.
Mas será que a leveza é mesmo uma virtude? A felicidade está imbricada à liberdade? O ser leve é aquele que não cria vínculos, não carrega malas, pois os vínculos trazem pesos que o impedem de flutuar pela vida. Para o ser leve não há quem lhe diga o que fazer ou não fazer, o certo ou errado; é livre para expor seus pensamentos, sentimentos e desejos.
O ser leve dança com destreza, ri da vida, afinal, não existe algo que o prenda, que o impeça de falar e fazer o que lhe apetece. Por isso, a leveza era vista por Parmênides (filósofo grego), como positiva. O ser só é completo, quando possui a liberdade para ser o seu eu sem restrições; sem peso.
Assim, a leveza é vista de forma positiva, como uma espécie de ser lúdico que passeia pela vida. De fato, é preciso ter leveza para sonhar, enxergar o inimaginável, arriscar, experimentar. Pois,
"Pelo fato da vida ser, relativamente, tão curta e não comportar “reprises”, para emendarmos nossos erros, somos forçados a agir, na maior parte das vezes, por impulsos, em especial nos atos que tendem a determinar nosso futuro."
Gtr de Juliano
Fonte: Dia a dia Educação
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