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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

PrOfeSsOrA WiLma NuNeS RaNgEl

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terça-feira, 3 de abril de 2018

Coletânea de Textos para prova parcial - Colégio Almirante Tamandaré

CONTEÚDO: O discurso social - Contexto, texto

“O ócio é necessário, pois o tédio é criativo.”






       O filósofo Mário Sérgio Cortella, professor da PUC-SP e ex-monge carmelita descalço, diz que estamos perdendo o GPS de nós mesmos ao nos preocuparmos mais com o objetivo do que com a jornada. Quando desprezamos a paisagem, deixamos de ampliar nosso repertório de imagens e a capacidade de criar – enfim, de viver. 

       Em uma entrevista para o jornal Estadão, o professor, falando sobre a objetivação do tempo, disse que o mundo virtual faz com que as pessoas deixem de apreciar pequenas coisas, como a paisagem em uma viagem de carro, de ônibus ou de avião, para ficarem de cabeça baixa olhando seus smartphones. Um ponto muito interessante na fala do filósofo é a necessidade do ócio e do tédio na vida das pessoas, pois eles são propulsores da criatividade.



“Não fossem eles, a roda, por exemplo, jamais teria sido inventada. Isso não quer dizer que não devemos trabalhar ou que devemos ficar estáticos esperando que uma possível ‘lâmpada’ de ideias apareça, e nossa vida, então, será plena em gozo”, diz. 
       O que ele explana é que a praticidade da vida pós-moderna – ou seja, o fato de encontrarmos “tudo prontinho” – não nos permite criar, e que, ao ficarmos escravos, submissos às tecnologias, deixaremos de ser criativos. 
       Diz Cortella: “existe uma instrumentalização do nosso tempo para impedir que sejamos capazes do ócio. O que é um passeio de fato? Aquilo que o francês chamava de ‘promedade’: ‘vou dar uma volta’. É você não ter rumo, não precisar saber para aonde vai. Ócio não é vagabundagem; é diferente disso: é não ser obrigado a uma ocupação. Presidiário não tem ócio; desocupado não tem ócio. Ócio é quando você tem liberdade para fazer do seu tempo aquilo que deseja. Antigamente, a expressão de quem saía por aí de maneira livre era ‘vagamundo’ – em grego antigo – aliás, se diz ‘planetes’ e originou a palavra planeta, astro que fica dando voltas. Porém, depois a palavra virou vagabundo e ganhou conotação negativa.” 
       Para o filósofo, “na sociedade capitalista, no mundo dos últimos 500 anos, dentro da ética protestante, a ideia de querer sair por aí, sem eira e nem beira, tornou-se absolutamente reprovável. Só o trabalho salva; só o trabalho dignifica. Aliás, como escreveram os nazistas nos campos de concentração, ‘só o trabalho liberta’. Certo? Há uma objetivação extremada do tempo livre hoje, a tal ponto que ficar desocupado é quase uma insuportabilidade.” 
       O resultado, segundo Mario Sérgio, são crises de criatividade: “o tédio é absolutamente criativo. Você inventa coisas porque não tem o que fazer. E a ausência hoje de tédio – pelo fato de ficarmos o tempo todo ocupados com algo – resulta numa vida que precisa ter meta e objetivo o tempo todo, como se fosse uma carreira. Despreza-se que a arte seria impossível com a ocupação contínua, mas só existe arte, filosofia, por conta da desocupação”, finaliza ele. Fonte: http://www.portalraizes.com/cortellaociocriativo/ – Texto adaptado especialmente para esta prova.

O mito da preguiça nacional



        Praia, calor, futebol, carnaval, excesso de feriados... Tudo isso costuma virar argumento na boca de quem acha que os brasileiros não gostam de trabalhar. OK, pode até ser que não gostem mesmo tanto quanto americanos e europeus. Afinal, no mundo inteiro, os índices de insatisfação com o emprego são altos. Nos EUA, por exemplo, o Bureau de Estatísticas do Trabalho estima que quase 67% dos trabalhadores acham "chato" ou "muito chato" aquilo que se veem obrigados a fazer para ganhar a vida. E nem por isso os americanos são considerados pouco afeitos ao batente. 
       Gostando ou não gostando daquilo que fazemos, o fato é que nós, brasileiros, trabalhamos mais do que se trabalha na maioria dos países desenvolvidos. E não é de hoje! Já na década de 1930, os EUA e a Europa Ocidental criaram leis fixando a jornada de trabalho semanal em 40 horas. O Brasil, por outro lado, manteve uma jornada de 48 – além de 12 horas extras permitidas por lei – até 1988, quando a Constituição foi alterada. Só então a jornada máxima passou para 8 horas diárias e 4 horas aos sábados – totalizando 44 semanais. Na Alemanha, trabalha-se em média 38 horas por semana. Na França e na Espanha, menos ainda: 35 horas. Aqui no Brasil, a média é superior a 40 – para ser exato, 40,9 horas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) feita pelo IBGE em 2008. Embora a média seja menor que a jornada máxima prevista na legislação trabalhista, esse mesmo levantamento revelou que 1 em cada 3 brasileiros trabalha mais que 44 horas semanais. E que 1 em cada 5 vai além das 48 horas por semana. (...) 

Resultado de imagem para mas que preguiça boa me deixa aqui atoa hoje ninguém vai estragar meu dia
(Chorão) Disponível em http://geradormemes.com/meme/i97urz Acesso em 03 abr 2018

       O mito da preguiça nacional tem raízes profundas, tão profundas que chegou a ser fomentado por um de nossos intelectuais mais importantes: o historiador Sérgio Buarque de Holanda. Em sua obra Raízes do Brasil, ele culpa nossos colonizadores pela "indolência brasileira". Ao contrário dos anglo-saxões, os fidalgos portugueses seriam avessos à ideia de ganhar o pão com o próprio suor. Fonte: http://super.abril.com.br/comportamento/brasileiro-nao-gosta-de-trabalhar (Acesso em 20/05/2016) Considerando esse contexto e as informações de que você dispõe, solicitamos a elaboração de um texto dissertativo que deverá discorrer sobre a seguinte questão: Quais são as consequências – para o povo brasileiro e para o próprio país – da crença difundida de que o brasileiro não gosta de trabalhar? Ao desenvolver seu texto, suas ideias devem estar organizadas de acordo com a tipologia textual solicitada: uma dissertação; ou seja, um texto em que você deverá posicionar-se sobre o tema dado, apresentando argumentos plausíveis, que sustentem seus pontos de vista, e respeitando a norma culta da Língua Portuguesa. Fonte: http://www.portalraizes.com/cortellaociocriativo/ – Texto adaptado especialmente para esta prova Acesso em: 01 abr 2018.

Boa leitura!
PtD: PrOfª WiLm@

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