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Quem sou eu

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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

PrOfeSsOrA WiLma NuNeS RaNgEl

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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

PRODUÇÃO DE VÍDEO POEMA João Cabral de Melo Neto e outros (Seminário de vídeo poema - apresentação pelo Google Meet)

 NO MEIO DO CAMINHO 

TINHA UMA PEDRA - 

Carlos Drummond de Andrade


No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Vou-me embora pra Pasárgada - Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe - d’água.
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

SABER VIVER (Cora Coralina)

Não sei…
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura…
enquanto durar.


Retrato (Cecília Meireles)

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida


Dona Doida (Adélia Prado)

Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso
com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois. Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove. 

1.

Catar feijão se limita com escrever:
Jogam-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

2.

Ora, nesse catar feijão entra um risco,
o de que, entre os grãos pesados, entre
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com risco.

O belíssimo Catar feijão pertence ao livro A educação pela pedra, que foi publicado em 1965. O poema, dividido em duas partes, tem como tema central o ato criador, o processo de composição por trás da escrita.

Ao longo dos versos, o poeta desvenda para o leitor como é a sua maneira pessoal de construir um poema, desde a escolha das palavras até a combinação do texto para construir os versos.

Pela delicadeza do poema percebemos que o ofício do poeta tem também qualquer coisa do trabalho do artesão. Ambos exercitam o ofício com zelo e paciência, em busca da melhor combinação para a criação de uma peça única e bela.


Tecendo a manhã pode ser considerado como um meta-poema, isso porque o tema central da lírica é a reflexão sobre a construção do próprio poema.

Trata-se de uma linguagem que se dobra sobre si mesma e que enfatiza o processo de composição do trabalho. Lançado em 1966, a pegada dos versos é extremamente poética e lírica e é capaz de transmitir ao leitor a beleza da criação a partir de exemplos cotidianos e fortuitos.



Tecendo a manhã, 1966

1.

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.


2.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Os três mal-amados (1943), de João Cabral de Melo Neto

Os versos abaixo são um pequeno trecho do extenso poema Os três mal-amados. Essa bela criação feita para quem tem fôlego percorre algumas páginas e discorre sobre os efeitos avassaladores do amor na nossa vida cotidiana.

Comparando o amor a um animal faminto, vemos como o sentimento que nos arrebata domina uma série de aspectos do nosso dia a dia. E quem não se identifica com as cenas descritas por João Cabral de Melo Neto? Todo apaixonado certamente já experimentou em algum momento essa sensação de desamparo e euforia.

O amor aqui também parece como uma espécie de doença e se alastra por tudo o que está ao redor, dominando a própria identidade do sujeito amoroso, mas também as suas roupas, os seus objetos de estimação e os seus documentos.

OS TRÊS MAL AMADOS

O amor comeu meu nome, minha identidade,
meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade,
minha genealogia, meu endereço. O amor
comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos
os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas
camisas. O amor comeu metros e metros de
gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o
número de meus sapatos, o tamanho de meus
chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a
cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas
médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas,
minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus
testes mentais, meus exames de urina.

Os três mal-amados é um exemplo da lírica de amor cabralina. Os longos versos descrevem com precisão e objetividade as consequências que o amor operou na vida do apaixonado eu-lírico.

Publicado em 1943, quando o autor tinha apenas 23 anos, o poema é das mais belas manifestações de amor presente na literatura brasileira.

Apesar da dificuldade de se escrever sobre o amor devido a sua incomunicabilidade e da particularidade de cada relação, João Cabral consegue concentrar em seus versos sentimentos que parecem comuns a todos aqueles que já algum dia se apaixonaram.

Uma curiosidade: é sabido que João Cabral escreveu Os três mal-amados depois de ler e se encantar com o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade.

Fábula de um arquiteto, 1966

A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e tecto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.

Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.

É curioso o título do poema uma vez que João Cabral de Melo Neto foi apelidado em vida como o “arquiteto das palavras” e “o poeta-engenheiro” devido ao seu trabalho linguístico feito com rigor e precisão.

Os versos acima tratam do ofício de um arquiteto e do espaço que o circunda no dia a dia. A espacialidade aqui é fundamental para a construção do texto, vale sublinhar expressões como "construir portas", “construir o aberto”, "construir tetos".

Também é frequente a aparição de materiais das obras (o vidro, o concreto). O verbo construir é, por sinal, repetido a exaustão. Todo esse esforço linguístico transmite para o leitor o imaginário de uma realidade de fato vivenciada pelo arquiteto. 


O relógio (trecho), 1945

Ao redor da vida do homem
há certas caixas de vidro,
dentro das quais, como em jaula,
se ouve palpitar um bicho.

Se são jaulas não é certo;
mais perto estão das gaiolas
ao menos, pelo tamanho
e quadradiço de forma.

Umas vezes, tais gaiolas
vão penduradas nos muros;
outras vezes, mais privadas,
vão num bolso, num dos pulsos.

Mas onde esteja: a gaiola
será de pássaro ou pássara:
é alada a palpitação,
a saltação que ela guarda;

e de pássaro cantor,
não pássaro de plumagem:
pois delas se emite um canto

de uma tal continuidade. 

O poema O Relógio é de uma beleza e de uma delicadeza que faz com que ele se destaque em meio a vasta obra poética de João Cabral.

Vale sublinhar que o objeto que o poema homenageia aparece apenas no título, os versos tratam do assunto sem jamais precisarem apelar ao nome da coisa em si.

Com uma visão extremamente poética, João Cabral tenta descrever o que é o relógio a partir de belas comparações inusitadas. Embora chegue a anunciar até o material de que é feito (o vidro), é a partir da alusão aos bichos e ao seu universo que ficamos a identificar o objeto.

A educação pela pedra, 1965

Uma educação pela pedra: por lições;
Para aprender da pedra, frequentá-la;
Captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
Ao que flui e a fluir, a ser maleada;
A de poética, sua carnadura concreta;
A de economia, seu adensar-se compacta:
Lições da pedra (de fora para dentro,
Cartilha muda), para quem soletrá-la.

Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
E se lecionasse, não ensinaria nada;
Lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
Uma pedra de nascença, entranha a alma.


O poema acima dá nome ao livro lançado por João Cabral em 1965. É de se sublinhar a atração do poeta pela concretude que lhe valeu o apelido “o poeta-engenheiro”. Segundo o próprio João Cabral, ele seria um poeta "incapaz do vago".

Os versos acima sintetizam o tom da lírica do poeta nordestino. Trata-se de um exercício a fim de se alcançar uma linguagem crua, concisa, objetiva, intimamente vinculada ao real. A literatura cabralina enfatiza o trabalho com a linguagem e não a mera inspiração fruto de um insight.

O meta-poema A educação pela pedra nos ensina que a relação com a linguagem demanda paciência, estudo, conhecimento e muito exercício. 


O cão sem plumas (trecho), 1950

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.

Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

O cão sem plumas num primeiro momento desestabiliza o leitor, que vê as relações lógicas aparecerem invertidas se comparadas ao habitual. Na lírica cabralina é a cidade que é passada pelo rio, e não o rio que cruza a cidade, por exemplo.

Logo a estranheza passa a se dar pelo uso de aproximações inesperadas (o rio chega a ser comparado com a língua mansa de um cão). A beleza da lírica é justamente extraída dessa experimentação com a linguagem, desse inesperado que se apresenta subitamente e tira o leitor da sua zona de conforto.

A leitura do poema O cão sem plumas encontra-se disponível na íntegra já abaixo:


Psicologia da composição (trecho), 1946-1947

Saio de meu poema
como quem lava as mãos.
Algumas conchas tornaram-se,
que o sol da atenção
cristalizou; alguma palavra
que desabrochei, como a um pássaro.
Talvez alguma concha
dessas (ou pássaro) lembre,
côncava, o corpo do gesto
extinto que o ar já preencheu;
talvez, como a camisa
vazia, que despi.
Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me incita ao verso
nítido e preciso.
Eu me refugio
nesta praia pura
onde nada existe
em que a noite pouse.

O poema acima faz parte de uma trilogia composta também pelos poemas Fábula de Anfion e Antioide. Nos versos de Psicologia da composição fica nítida a preocupação do eu-lírico com o próprio fazer literário.

Esse poema especificamente foi dedicado ao poeta Ledo Ivo, um dos mentores da Geração de 45, grupo onde João Cabral de Melo Neto costuma ser enquadrado.

Os versos procuram descortinar o processo de construção do texto literário, chamando a atenção para os pilares que sustentam a escrita lírica. O tom metalinguístico da escrita demonstra a reflexão com o universo da palavra e com o compromisso com a poesia.

O vocabulário utilizado pretende se colar a realidade e vemos nos versos objetos cotidianos que trazem o poema para mais perto da nossa realidade. João Cabral tece comparações, por exemplo, com a camisa e a concha, se aproximando do público leitor e deixando claro que não se identifica com o sentimentalismo estéril e com uma linguagem rebuscada.

Resumo da biografia de João Cabral de Melo Neto

Nascido no Recife, no dia 6 de janeiro de 1920, João Cabral de Melo Neto veio ao mundo filho do casal Luís Antônio Cabral de Melo e Carmen Carneiro Leão Cabral de Melo.

A infância do menino foi vivida no interior de Pernambuco, nos engenhos da família, somente aos dez anos João Cabral mudou com os pais para a capital, Recife.

Em 1942, João Cabral trocou de vez o nordeste pelo Rio de Janeiro. No mesmo ano lançou o seu primeiro livro de poemas (Pedra do sono).

O poeta seguiu carreira diplomática tendo sido cônsul-geral do Porto (Portugal) de 1984 a 1987. Ao fim desse período no exterior regressou ao Rio de Janeiro.

Retrato de João Cabral de Melo Neto.
Retrato de João Cabral de Melo Neto.

Como escritor, João Cabral de Melo Neto foi profundamente premiado, tendo sido contemplado com as seguintes distinções:

  • Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São Paulo;
  • Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras;
  • Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro;
  • Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro;
  • Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da Obra;
  • Prêmio da União Brasileira de Escritores, pelo livro "Crime na Calle Relator".

Consagrado pelo público e pela crítica, no dia 6 de maio de 1968, João Cabral de Melo Neto tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras, onde passou a ocupar a cadeira número 37.

João Cabral com a farda no dia da posse da ABL.
João Cabral com a farda no dia da posse da Academia Brasileira de Letras.

Obra completa de João Cabral de Melo Neto

Livros de poesia

  • Pedra do sono, 1942;
  • Os três mal-amados, 1943;
  • O engenheiro, 1945;
  • Psicologia da composição com a Fábula de Anfion e Antiode, 1947;
  • O cão sem plumas, 1950;
  • Poemas reunidos, 1954;
  • O Rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à Cidade do Recife, 1954;
  • Pregão turístico, 1955;
  • Duas águas, 1956;
  • Aniki Bobó, 1958;
  • Quaderna, 1960;
  • Dois parlamentos, 1961;
  • Terceira feira, 1961;
  • Poemas escolhidos, 1963;
  • Antologia poética, 1965;
  • Morte e vida Severina, 1965;
  • Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta, 1966;
  • A educação pela pedra, 1966;
  • Funeral de um lavrador, 1967;
  • Poesias completas 1940-1965, 1968;
  • Museu de tudo, 1975;
  • A escola das facas, 1980;
  • Poesia crítica (antologia), 1982;
  • Auto do frade, 1983;
  • Agrestes, 1985;
  • Poesia completa, 1986;
  • Crime na Calle Relator, 1987;
  • Museu de tudo e depois, 1988;
  • Sevilha andando, 1989;
  • Primeiros poemas, 1990;
  • J.C.M.N.; os melhores poemas, (org. Antonio Carlos Secchin),1994;
  • Entre o sertão e Sevilha, 1997;
  • Serial e antes, 1997;
  • A educação pela pedra e depois, 1997.

Livros de prosa

  • Considerações sobre o poeta dormindo, 1941;
  • Juan Miro, 1952;
  • A Geração de 45 (depoimento), 1952;
  • Poesia e composição / A inspiração e o trabalho de arte, 1956;
  • Da função moderna da poesia, 1957;
  • Obra completa (org. por Marly de Oliveira), 1995;
  • Prosa, 1998.

Conheça também:

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