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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

PrOfeSsOrA WiLma NuNeS RaNgEl

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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

MEU PÉ DE LARANJA LIMA

NARRATIVA, ROMANCE: O meu pé de laranja lima 

AUTOR: José Mauro de Vasconcelo

SinopseNa obra juvenil mais conhecida de José Mauro, a pobreza, a solidão e o desajuste social vistos pelos olhos ingênuos de uma criança de seis anos. Nascido em uma família pobre e numerosa, Zezé é um menino especial, que envolve o leitor ao revelar seus sonhos e desejos, por meio de conversas com o seu pé de laranja lima, encontrando na fantasia a alegria de viver.

 Frases e Trechos 



Agora sabia mesmo o que era a dor. Dor não era apanhar até desmaiar. Não era cortar o pé com caco de vidro e levar pontos na farmácia. Dor era aquilo que doía o coração todinho, que a gente tinha que morrer com ela, sem poder contar para ninguém o segredo.

“A verdade (...) é que a mim contaram as coisas muito cedo.”

A vida sem ternura não é la grande coisa.


Mas faltava qualquer coisa. Qualquer coisa importante que me fizesse voltar a ser o mesmo, talvez a acreditar nas pessoas, na bondade delas.

Às vezes sou feliz na minha ternura, às vezes me engano, o que é mais comum.

Não precisa chorar para estar triste.

Mas tu deves admitir que às vezes a gente também possa sonhar.

Você precisa saber que o coração da gente tem que ser muito grande e caber tudo que a gente gosta.

- Fica feio se eu chorar?
- Nunca é feio chorar, bobo. Por quê?
- Não sei, ainda não me acostumei. Parece que aqui dentro a minha gaiola ficou vazia demais…
- Nunca é feio chorar, bobo. Por quê?
- Não sei, ainda não me acostumei. Parece que aqui dentro a minha gaiola ficou vazia demais…

Vida nova e esperanças simples, simples esperanças.

Alegria é um sol brilhante dentro do coração.

 [Sinopse] A história de Meu Pé de Laranja Lima gira em torno de Zezé, um garoto de cinco anos que mora em Bangu, periferia do Rio de Janeiro, e quem nos conta a história com um ar singelo e nostálgico. É muito esperto (tanto que aprendeu a ler sozinho), mas é sua malandrice que ganha os holofotes na região. 

Tudo ia muito bem até que o pai perde o emprego e a mãe tem de trabalhar dobrado. Quando essa nova condição os obriga a mudar de casa, Zezé tem como única opção de “árvore de estimação” no novo quintal um pequeno pé de laranja lima, a quem chama de Minguinho e, nos momentos mais tenros, de Xururuca.

 E é com Minguinho, ou Xururuca, que o menino passa a compartilhar suas aventuras e com quem se lamenta quando levava uma boa surra dos pais ou dos irmãos por causa de suas traquinagens. 

Porém, ao longo da história, nasce outra amizade improvável, dessa vez entre Zezé e Manuel Valadares, o Portuga, um senhor rico, porém solitário. É com o Portuga que o garoto descobre a beleza do afeto, da ternura, da paciência e da companhia, tudo o que ele não tinha em casa.

A narrativa é singela e ingênua, tanto que muitos críticos consideram a obra “pobre”, apesar de ser de longe a mais famosa de José Mauro de Vasconcelos, que morreu no dia 24 de julho de 1984, aos 64 anos. Isso porque quem se atenta à escrita em si não percebe a densidade sociológica por trás de Meu Pé de Laranja Lima. O poeta José Paulo Paes falou em um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo que “a agressividade com que certos críticos se voltaram contra ele, julgando-lhe o desempenho unicamente em termos de estética literária, em vez de analisá-lo pelo prisma da sociologia do gosto e do consumo, mostra a miopia de nossa crítica para questões que fujam ao quadro da literatura erudita”.

O que mais chamou minha atenção é, como falei acima, os desafios de ser criança em um mundo cheio de problema de adultos e o quanto isso pode afetar a imagem que ela tem de si mesma. O Zezé chegava a acreditar que merecia as coisas ruins que aconteciam com ele e que tinha “o diabo no corpo”, porque era um menino travesso, e de dizer que não quer mais existir. Lembre-se que estamos falando de uma criança de cinco anos!

Por outro lado, faltava disciplina porque os pais estavam sempre fora, a mãe trabalhando e o pai em busca de trabalho. Sobrava para seus irmãos mais velhos, que precisaram assumir as responsabilidades da casa e mal sabiam o que era cuidar de crianças, sendo que Zezé tinha, ainda, um irmão mais novo, o Luís. E é com Luís e Glória, uma de suas irmãs mais velhas, que ele descobre a beleza de ter irmãos. É de encantar o modo como ele admira seu irmão mais novo, chamando-o, inclusive, de Rei Luís.

Isso me faz pensar o quanto temos tirado de nossas crianças por vivermos em um mundo que exige de nós, muitas vezes, mais do que podemos oferecer. Não nos damos conta de que quem arca com as consequências é quem, ironicamente, precisa mais do nosso cuidado e presença.


AVALIAÇÃO (Gabarito após correção)


I -Questões objetivas (0,5 cada questão)
1. Manuel Valadares era:
a) o maquinista do Mangaratiba
b) o maior amigo de Zezé
c) vendedor de cordel
d) tio de Zezé.

2. A nacionalidade de Manuel Valadares era
a) brasileira
b) africana
c) japonesa
d)portuguesa

3. Os dois irmãos que Zezé mais gostava eram
a) Totoca e Glória
b) Totoca e Luís
c) Jandira e Totoca
d) Glória e Luís

4. Um dos maiores problemas de Zezé, durante toda a narração, era
a) o trabalho do pai.
b) o desemprego do pai.
c) o desemprego da mãe.
d) o trabalho da mãe.

5. Todos os adjetivos abaixo qualificam Zezé, exceto:
a) precoce
b) esperto
c) traquinas
d) preguiçoso

6. Zezé sonhava. Sonhava muito. São exemplos desses sonhos, exceto:
a) a conversa com Minguinho.
b) a conversa com Luciano.
c) as surras que tomava.
d) o passeio ao zoológico.

7. Segunda Zezé, sua professora, Dona Cecília Paim, não recebia flores porque
a) era ruim
b) não gostava
c) era feia
d) batia nos alunos

8. “– Não falo agora, mas estou pensando. E quando eu crescer, vou matar o senhor.” O senhor, nessa passagem, refere-se
a) ao pai de Zezé.
b) a seu Ariosvaldo.
c) a Manuel Valadares.
d) a Totoca.

9. “Foi um dia pai d’égua.” “Vicente Celestino” Essas falas são
a) do baiano Ariosvaldo.
b) do português Manuel Valadares.
c) do pai de Zezé.
d) de Totoca.


10) O capítulo quarto se intitula: “Duas surras memoráveis. Elas aconteceram:
a)   Por causa da cobra de meia.
b)   Por ter xingado a irmã.
c)   Injustamente.
d)   Por causa de palavrão.

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